sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Meia Amazônia Não

Um pouco fora do tema do blog, mas é por uma boa causa....

Tramita no Congresso Nacional um projeto de lei que, se aprovado, será um golpe mortal para todas as florestas brasileiras e, em especial, a amazônica. O PL 6424/2005, conhecido com Floresta Zero, reduz a reserva legal da região para 50% e ainda permite compensar, em outros locais, qualquer desmatamento que vá além desse limite.
O Brasil demorou 450 anos para botar no chão praticamente uma floresta inteira, a Mata Atlântica, que se espalhava em 1 milhão de quilômetros quadrados entre o Paraná e o Rio Grande do Norte. Infelizmente, parece que não aprendemos nada dessa lição. A velocidade de destruição da Amazônia é quase dez vezes maior. Em pouco menos de 40 anos, já perdemos para sempre mais de 700 mil quilômetros quadrados de Amazônia – o equivalente a quase três estados de São Paulo. Se o Floresta Zero passar no Congresso, a devastação assumirá um ritmo ainda mais avassalador.

O Floresta Zero incentiva a derrubada da floresta e inocenta milhares de crimes ambientais. A Amazônia ocupa 5% do solo do planeta e abriga a maior biodiversidade do mundo. Somos hoje o quarto maior emissor de gases de efeito estufa do mundo. Cerca de 70% de nossas emissões são decorrentes do desmatamento e das queimadas.

Destruir a Amazônia provoca um grande impacto econômico e social no país. A chuva que é produzida na Amazônia é importante não apenas para a região. Ela ajuda na geração de energia, na produção de alimentos e no abastecimento de água no centro, sul e sudeste brasileiro. Para os mais de 22 milhões de brasileiros que habitam a Amazônia, o desmatamento nunca trouxe desenvolvimento social. Cerca de 85% dos casos de trabalho escravo do país ocorrem nas áreas desmatadas da Amazônia.

Ao invés de aumentar a proteção do meio ambiente e estabelecer metas para a redução do desmatamento, o Congresso Nacional estará dando as costas para a Amazônia e abrindo as portas para mais destruição. A sociedade brasileira exige um ponto final no desmatamento de nossas florestas, em especial a Amazônia. Seja a favor da floresta. Diga não ao PL 6424/2005.

Assinem!!!!

http://www.meiaamazonianao.org.br/

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Arte Povera

Arte Povera (significando Arte Pobre) foi um movimento artístico italiano que se desenvolveu na segunda metade da década de 60. Seus adeptos usavam materiais de pintura não convencionais (ex.: terra, madeira e trapos) com o intuito de empobrecer a pintura e eliminar quaisquer barreiras entre a arte e o dia-a-dia das pessoas.
As principais figuras desse movimento foram Michelangelo Pistoletto, Jannis Kounellis, Giovanni Anselmo, Giuseppe Penone, Giulio Paolini, Mario Merz, Luciano Fabro, and Gilberto Zorio.
Um importante papel foi também desenvolvido pelo crítico Germano Celant, que inventou o termo Arte Povera em 1967 e tentou, todo o tempo, buscar uma definição para ele.
Os artistas da Arte Povera tiveram o mérito de desafiar os padrões da arte vigente, ocupando o espaço com seu transcendental e intemporal nível de realidade.
Percebe-se, pois, tratar-se de um movimento subversivo, que tem sua origem no clima político dos anos 60, em particular a revolva de estudantes no Quartier Latin, em 1968 e a oposição mundial à guerra do Vietnã (o Brasil viveu esse clima com a mesma intensidade, de 1964 a 1968, culminando com a edição do AI-5 pelo governo militar, em dezembro de 1968).
Havia outra preocupação dos artistas, que era criar uma foma de interação entre o trabalho e o espectador.
Embora a Arte Povera tenha sido associada à Arte Conceitual praticada em outros países, seus artistas realizaram uma produção própria, de inquestionável individualidade.
Seus trabalhos fora largamente expostos na Itália e no restante da Europa, assim como nos Estados Unidos, trazendo significativa contribuição para a arte de vanguarda nas últimas décadas do Século 20, apesar do ressurgimento da pintura figurativa nos anos 80.

Kounellis fez um comentário mais enigmático da civilização ocidental, criando acontecimentos e instalações com cacos de gesso de esculturas de antigas esculturas

sábado, 22 de novembro de 2008

Biografia de Marcel Duchamp

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Mais arte conceitual



Maira - 3º ano "A"

Tatiane - 3º ano "A"

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Projeto


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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Fotorrealismo

O termo remete a uma tendência artística que tem lugar no final da década de 1960, sobretudo em Nova York e na Califórnia, Estados Unidos. Trata-se da retomada do realismo na arte contemporânea, contrariando as direções abertas pelo minimalismo e pelas pesquisas formais da arte abstrata. Menos que um recuo à tradição realista do século XIX, o "novo realismo" finca raízes na cena contemporânea, dizem os seus adeptos, e se beneficia da vida moderna em todas as suas dimensões: é ela que fornece a matéria (temas) e os meios (materiais e técnicas) de que se valem os artistas. A série de exposições realizadas entre 1964 (O Pintor e o Fotógrafo, Universidade de Novo México, Albuquerque) e 1970 (22 Realistas, Whitney Museum, Nova York) assinala o reconhecimento público da nova vertente. Hiper-realismo ou foto-realismo, como preferem alguns, os termos permitem flagrar a ambição de atingir a imagem em sua clareza objetiva, com base em diálogo cerrado com a fotografia. Os hiper-realistas "fazem quadros que parecem fotografias", afirma o crítico Gilles Aillaud por ocasião de uma exposição no Centro Nacional de Arte Contemporânea de Paris, em 1974. A frase traduz uma reação corriqueira diante das obras, o que não quer dizer que os artistas deixem de assinalar as diferenças existentes entre pintura e fotografia.

"Não acredito que a fotografia dê a última palavra sobre a realidade". Mesmo
assim, "o foto-realismo não poderia existir sem a fotografia". (Richard
Estes)

Kate Moss por Chuck Close



Aprontando Arte

A CURIOSIDADE MUDA O GATO


A curiosidade matou o gato, é exatamente nisso que estou pensando enquanto começo a digitar esse texto. Estou segurando as lágrimas, pois acabei de perder todos os arquivos que estavam no meu computador enquanto tentava instalar o Linux Educacional.
No sábado a noite procurei um site para fazer o download do Linux, foi bem fácil encontrar. Enquanto esperava o término do download aproveitei para dar uma olhada nas instruções de instalação, estava super ansiosa para explorar o novo sistema. Quando o download terminou resolvi ir adiante e criar o disco de boot, pois sabia que não era um processo complicado, já havia feito isso antes, claro que da primeira vez perdi vários cds. O cd ficou pronto e como já estava tarde fui deitar, mas a curiosidade não me deixou dormir, minutos depois estava novamente na frente do computador. Olhei mais uma vez o capítulo que tratava do particionamento de disco e reiniciei o computador, o resto dá pra imaginar, foi o início do fim do gato curioso.
Agora estou tentando me conformar com as perdas enquanto faço a atividade do curso. Ao menos o novo sistema foi instalado, e o editor de texto é bem parecido com o antigo, não estou tendo dificuldades para usar, e para minha própria surpresa ainda não senti saudades do Word. Isso me leva a uma importante constatação, o gato não morreu, ele continua vivo, apenas mudou. É doloroso mudar, mas aos poucos vamos percebendo o lado bom das mudanças e no fim nos acostumamos novamente, deve ter sido assim com as pessoas que utilizavam navios para atravessar o Atlântico quando os aviões começaram a ser utilizados para o mesmo propósito, como também deve ter sido a curiosidade que fez muitos experimentarem esse meio de transporte pela primeira vez.
A curiosidade também deve ter tirado Santos Dumont muitas vezes da cama, é impossível dormir quando se tem em mente idéias que podem influenciar os caminhos de toda a humanidade, e é quase certo que ele também teve prejuízos durante as inúmeras tentativas até que seu projeto tivesse sucesso. Óbvio que não estou me comparando a Santos Dumont, mas como professora posso influenciar o caminho dos meus alunos para que se tornem cidadãos responsáveis e capazes, esse é o meu projeto, aprender utilizar um sistema mais acessível é uma das inúmeras tentativas, perder cds e arquivos são prejuízos pequenos diante desse projeto.
A curiosidade é natural no ser humano, mas o medo da mudança faz com que vejamos ela como defeito, como um vício capaz de levar os curiosos a morte. Nos ensinaram a ver com maus olhos a curiosidade ao longo dos séculos, como uma forma de conter os explorados e manter o poder, e nós em pleno século XXI continuamos repetindo a máxima e temendo o novo.
As lágrimas secaram finalmente, a cada palavra digitada percebi que não perdi nada, o disco do computador foi formatado, mas o que eu aprendi já faz parte de mim, desse texto e das minhas ações. A curiosidade nunca matou o gato, o que ela matou foi o comodismo e o medo do novo. O novo gato compreendeu que não é escravo de uma única tecnologia, mas que são elas que servirão ao seu propósito desse momento em diante.


Jusemara Teles

Trabalho no Lied - 2º ano "A"

domingo, 16 de novembro de 2008

Performance dos dedos - 3º "A"

Happening

Termo inglês (literalmente significa “acontecimento”) para uma representação teatral feita de improviso ou em tom informal, sem obediência a um guião previamente definido e apelando muitas vezes à participação activa do público. Os ingredientes suplementares do happening podem incluir todo o tipo de artifícios, desde a pintura, a música, o cinema, a dança, a luminotécnica, sons diversos, etc., numa mistura envolvente. O espaço da representação é também informal: um café, uma pequena sala, um hall, ou mesmo na rua. A improvisação também pode ser estruturada e seguir algumas regras de atuação.

Happening do Fluxus


Performance

Integrante do Grupo Fluxus que marcou as artes das décadas de 1960 e 1970

Forma de arte que combina elementos do teatro, das artes visuais e da música. Nesse sentido, a performance liga-se ao happening (os dois termos aparecem em diversas ocasiões como sinônimos), sendo que neste o espectador participa da cena proposta pelo artista, enquanto na performance, de modo geral, não há participação do público. A performance deve ser compreendida a partir dos desenvolvimentos da arte pop, do minimalismo e da arte conceitual, que tomam a cena artística nas décadas de 1960 e 1970. A arte contemporânea, põe em cheque os enquadramentos sociais e artísticos do modernismo, abrindo-se a experiências culturais díspares. Nesse contexto, instalações, happenings e performances são amplamente realizados, sinalizando um certo espírito das novas orientações da arte: as tentativas de dirigir a criação artística às coisas do mundo, à natureza e à realidade urbana. Cada vez mais as obras articulam diferentes modalidades de arte - dança, música, pintura, teatro, escultura, literatura etc. - desafiando as classificações habituais e colocando em questão a própria definição de arte. As relações entre arte e vida cotidiana, assim como o rompimento das barreiras entre arte e não-arte constituem preocupações centrais para a performance (e para parte considerável das vertentes contemporâneas, por exemplo arte ambiente, arte pública, arte processual, arte conceitual, land art, etc.), o que permite flagrar sua filiação às experiências realizadas pelos surrealistas e sobretudo pelos dadaístas.



Fonte:http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3646

Making-off - 3º “A”

sábado, 15 de novembro de 2008

Marcel Duchamp e o Ready made

É um dos precursores da arte conceitual e introduziu a idéia de ready made como objeto de arte. Irmão de Jacques Villon e Raymond Duchamp-Villon, estes também artistas que gozaram de reputação no cenário artístico europeu, Marcel Duchamp começou sua carreira como artista criando pinturas de inspiração impressionista, expressionista e cubista. Dessa fase, destaca-se o quadro Nu descendo a escada, que apresenta uma sobreposição de figuras de aspecto vagamente humano numa linha descendente, da esquerda para a direita, sugerindo a idéia de um movimento contínuo. Esse quadro, na época de sua gênese, foi mal recebido pelos partidários do Cubismo, que o julgaram profundamente irônico para com a proposta artística por eles pretendida.
Duchamp foi o responsável pelo conceito de ready made, que é o transporte de um elemento da vida cotidiana, a priori não reconhecido como artístico, para o campo das artes. A princípio como uma brincadeira entre seus amigos, Duchamp passou a incorporar material de uso comum nas suas esculturas. Em vez de trabalhá-los artisticamente, ele simplesmente os considerava prontos e os exibia como obras de arte.

A Fonte

A Fonte, obra que fez repercutir o nome de Duchamp ao redor do mundo, pensada inicialmente por Duchamp (que, para esconder o seu nome, enviou-a com a assinatura "R. Mutt", que se lê ao lado da peça) para figurar entre as obras a serem julgadas para um concurso de arte promovido nos Estados Unidos, a escultura foi rejeitada pelo júri, uma vez que, na avaliação deste, não havia nela nenhum sinal de trabalho artístico.

Dadaísmo

Monalisa com bigode, de Duchamp

O dadaísmo foi um movimento artístico que surgiu na Europa (cidade de Zurique) no ano de 1916. Possuía como característica principal a ruptura com as formas de arte tradicionais. Portanto, o dadaísmo foi um movimento com forte conteúdo anárquico. O próprio nome do movimento deriva de um termo inglês infantil: dadá (brinquedo, cavalo de pau). Daí, observa-se a falta de sentido e a quebra com o tradicional deste movimento.

Características principais do dadaísmo:

- Objetos comuns do cotidiano são apresentados de uma nova forma e dentro de um contexto artístico;
- Irreverência artística;
- Combate às formas de arte institucionalizadas;
- Crítica ao
capitalismo e ao consumismo;
- Ênfase no absurdo e nos temas e conteúdos sem lógica;
- Uso de vários formatos de expressão (objetos do cotidiano, sons, fotografias, poesias, músicas, jornais, etc) na composição das obras de
artes plásticas;
- Forte caráter pessimista e irônico, principalmente com relação aos acontecimentos políticos do mundo.



Fonte: www.historiadaarte.com.br/dadaismo.html

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Separação de culturas - Arte Conceitual


Haslan e Alex - 3º “A”

Um único elemento que dá a vida à diversos organismos - Arte Conceitual


Lenir - 3º “A”

Infância - Arte Conceitual


Aline e Jéssica Thomas - 3º “A”

Rios sangrentos de árvores - Arte Conceitual

Daiane - 3º “A”

Bem X Mal - Arte Conceitual

Vinicio - 3º "A"

Vida - Arte Conceitual


Jéssica Patrícia e Júlia - 3º "A"

Sofrimento? - Arte conceitual

Mateus - 3º "A"

Arte Conceitual

Para a arte conceitual, vanguarda surgida na Europa e nos Estados Unidos no fim da década de 1960 e meados dos anos 1970, o conceito ou a atitude mental tem prioridade em relação à aparência da obra. O termo arte conceitual é usado pela primeira vez num texto de Henry Flynt, em 1961, entre as atividades do Grupo Fluxus. Nesse texto, o artista defende que os conceitos são a matéria da arte e por isso ela estaria vinculada à linguagem.
O mais importante para a arte conceitual são as idéias, a execução da obra fica em segundo plano e tem pouca relevância. Além disso, caso o projeto venha a ser realizado, não há exigência de que a obra seja construída pelas mãos do artista. Ele pode muitas vezes delegar o trabalho físico a uma pessoa que tenha habilidade técnica específica. O que importa é a invenção da obra, o conceito, que é elaborado antes de sua materialização.
Devido à grande diversidade, muitas vezes com concepções contraditórias, não há um consenso que possa definir os limites do que pode ou não ser considerado como arte conceitual. Segundo Joseph Kosuth (1945), em seu texto Investigações, publicado em 1969, a análise lingüística marcaria o fim da filosofia tradicional, e a obra de arte conceitual, dispensando a feitura de objetos, seria uma proposição analítica, próxima de uma tautologia. Como, por exemplo, em Uma e Três Cadeiras, ele apresenta o objeto cadeira, uma fotografia dela e uma definição do dicionário de cadeira impressa sobre papel.
O grupo Arte & Linguagem, surgido na Inglaterra entre 1966 e 1967, formado inicialmente por Terry Atkinson (1939), Michael Baldwin (1945), David Bainbridge (1941) e Harold Hurrel, que publica em 1969 a primeira edição da revista Art-Language, investiga uma nova forma de atuação crítica da arte e, assim como Kosuth, se beneficia da tradição analítica da filosofia. O grupo se expande nos anos 1970 e chega a contar com cerca de vinte membros.
E Sol LeWitt (1928 - 2007), em Sentenças, 1969, sobre arte conceitual, evita qualquer formulação analítica e lógica da arte e afirma que "os artistas conceituais são mais místicos do que racionalistas. Eles procedem por saltos, atingindo conclusões que não podem ser alcançadas pela lógica".
Apesar das diferenças pode-se dizer que a arte conceitual é uma tentativa de revisão da noção de obra de arte arraigada na cultura ocidental. A arte deixa de ser primordialmente visual, feita para ser olhada, e passa a ser considerada como idéia e pensamento. Muitos trabalhos que usam a fotografia, xerox, filmes ou vídeo como documento de ações e processos, geralmente em recusa à noção tradicional de objeto de arte, são designados como arte conceitual. Além da crítica ao formalismo, artistas conceituais atacam ferozmente as instituições, o sistema de seleção de obras e o mercado de arte. George Maciunas (1931 - 1978), um dos fundadores do Fluxus, redige em 1963 um manifesto em que diz: "Livrem o mundo da doença burguesa, da cultura 'intelectual', profissional e comercializada. Livrem o mundo da arte morta, da imitação, da arte artificial, da arte abstrata... Promovam uma arte viva, uma antiarte, uma realidade não artística, para ser compreendida por todos [...]". A contundente crítica ao materialismo da sociedade de consumo, elemento constitutivo das performances e ações do artista alemão Joseph Beuys (1912 - 1986), pode ser compreendida como arte conceitual.
Embora os artistas conceituais critiquem a reivindicação moderna de autonomia da obra de arte, e alguns pretendam até romper com princípios do modernismo, há algumas premissas históricas que podem ser encontradas em experiências realizadas no início do século XX. Os ready-mades de Marcel Duchamp (1887 - 1968), cuja qualidade artística é conferida pelo contexto em que são expostos, seriam um antecedente importante para a reelaboração da crítica dos conceituais. Outro importante antecedente é o Desenho de De Kooning Apagado, apresentado por Robert Rauschenberg (1925 - 2008) em 1953. Como o próprio título enuncia, em um desenho de Willem de Kooning (1904 - 1997), artista ligado à abstração gestual surgida nos Estados Unidos no pós-guerra, Rauschenberg, com a permissão do colega, apaga e desfaz o seu gesto. A obra final, um papel vazio quase em branco, levanta a questão sobre os limites e as possibilidades de superação da noção moderna de arte.
Uma experiência emblemática é realizada pelo artista Robert Barry (1936), em 1969, com a Série de Gás Inerte, que alude à desmaterialização da obra de arte, idéia cara à arte conceitual. Uma de suas ações, registrada em fotografia, consiste na devolução de 0,5 metro cúbico de gás hélio à atmosfera em pleno deserto de Mojave, na Califórnia.
O brasileiro Cildo Meireles (1948), que participa da exposição Information, realizada no The Museum of Modern Art - MoMA [Museu de Arte Moderna] de Nova York, em 1970, considerada como um dos marcos da arte conceitual, realiza a série Inserções em Circuitos Ideológicos. O artista intervém em sistemas de circulação de notas de dinheiro ou garrafas de coca-cola, para difundir anonimamente mensagens políticas durante a ditadura militar.

Trabalho 3º "A" - Experimentação Glam

David Bowie - Origens do Glam Rock

Glam no Brasil - Secos & Molhados

Glam Rock

O Glam rock (menos comum, e principalmente nos EUA, conhecidos como glitter rock), era um estilo de música nascido no final dos anos 60 e popularizado no início dos anos 70. Era principalmente um fenômeno inglês que foi difundido em meados de 1971 e 1973. Nos EUA, o Glam rock teve um menor impacto e foi apenas difundido por fãs de musica nas cidades de Nova Iorque e Los Angeles. O Glam foi marcado pelos trajes e performances com muitos cílios postiços, purpurinas, saltos altos, batons, lantejoulas, paetês e trajes elétricos dos cantores. Eram os tempos da androginia e do glamour e suas musicas agitadas de rock n’ roll esbanjavam energia sexual. A ênfase lírica abordava a "revolução adolescente" (T. Rex - “Children of the Revolution “, Sweet - “Teenage Rampage“) assim como uma ampla notoriedade na direção de temas heterosexuais, sobre a decadência e fama.
Os cantores de Glam freqüentemente vestem-se de forma andrógina, com maquiagem vistosas, trajes extravagantes não diferentes aos que Liberace e Elvis Presley vestiam quando tocavam em cabarés. Um exemplo famoso seria David Bowie durante a fase de Ziggy Stardust e Aladdin Sane. Ambigüidade sexual percebida era em resumo uma moda: algumas bandas começaram a tocar com trajes patentemente ridículos.
Mais que um gênero musical, o Glam Rock, também chamado de Glitter Rock, tem a ver com estilo. Um estilo nada discreto que apareceu na Inglaterra do início dos anos 70 e se popularizou principalmente a partir da explosão do alter-ego de David Bowie, Ziggy Stardust. Não sendo um gênero musical fechado e bem formalizado, as mais diferentes bandas foram classificadas de Glam. Desde o pré Hard-Rock de Garry Glitter e Kiss até punk de butique (esse sim o verdadeiro) do New York Dolls, passando pelo tecno-pop do Roxy Music. Pode se dizer até que o Queen tem um pezinho, ou quem sabe um bigodinho, no Glam.
A performance de palco, um elemento muito importante para as bandas de Rock em geral, foi potencializada pelo Glam Rock. Até o início dos anos 70, os concertos das bandas de Rock não tinham nada de grandiosos. No início dos anos 60 Bandas como Beatles, Rolling Stones e The Who tocavam em clubes, casas de show ou faziam turnê com uma dezena de outras bandas. Na América hippie, eram comuns grandes concertos e festivais com diversas bandas se apresentando. Mesmo nos grandes shows do início dos anos 70 de bandas como Led Zeppelin, Black Sabbath e Rolling Stones, pouca atenção era dada aos elementos cênicos. Em meio aos cabelos coloridos, trajes espalhafatosos, pirotecnia, iluminações das mais diversas, fogo, fumaça, androginia e muita maquiagem, as bandas Glam levaram às últimas conseqüências a palavra show.
Nascido na Inglaterra do início dos anos 70, a Glam Rock pode ser entendido como uma reação à seriedade do Rock Progressivo e da contracultura, mas também como a extensão desses movimentos. O estilo das bandas de Glam pode ser definido como uma combinação da “elegância” ultra colorida dos hippies com a dureza do mods. Da mesma forma, a sonoridade do Glam Rock varia entre a frivolidade flower power – algumas canções de David Bowie, Gary Glitter e Kiss – ao som seco que influenciaria o punk rock – outras canções de David Bowie e principalmente o New York Dolls.
Importando, traduzindo e misturando o Glam Rock com o folclore e a literatura nacional, os Secos e Molhados foram um dos grupos mais festejados na história do Rock nacional. As performances de Ney Matogrosso com trajes de índio, rebolados ao estilo Carmem Miranda e vocais agudos renderam à banda sucesso de crítica e público. Seu primeiro e clássico disco bateu Roberto Carlos em vendagens, com mais de um milhão de cópias vendidas, e arrastou multidões enlouquecidas aos shows pelo país. Um desses shows, assistido por mais de 25 mil pessoas no Maracanãnzinho, foi transmitido via televisão para todo o país – um fato marcante para a mídia brasileira já que essa foi a primeira vez que isso acontecia. Enquanto os Mutantes, ou o que restava deles, se entregavam cada vez mais ao LSD e ao Rock Progressivo se tornando cada vez mais antiquados e esquecidos, Rita Lee parecia estar mais atenta às novas tendências do Rock. Em seu grupo Tutti Frutti usava e abusava do visual baseado em cabelinhos escorridos, botas de cano alto e bocas rebocadas de batom. Outro grupo que entrou na moda foi o Casa das Máquinas. Apesar de depois ter tocado Rock Progressivo, seu primeiro disco tinha o som e visual do Glam Rock. O Made In Brazil, que em um primeiro momento teve muita influência do Blues e Rock´n Roll tradicional, também andou por aí se pintando, especialmente no disco ‘Jack, o estripador’, lançado em 1976. Mais tarde a banda se voltou para o Hard Rock, mas seu vocalista e fundador, Cornelius Lúcifer, levou adiante o namoro com o glam em seu único disco solo. Os maiores, e menos conhecidos, representantes do Glam no Brasil são Eddy Star, ex-parceiro de Raul Seixas e Sérgio Sampaio e Serguei. Eddy Star se apresentava com um visual escrachado e um repertório variado, que incluía Haroldo Barbosa, música inédita de Roberto Carlos (‘Claustrofobia’) e Lupicínio Rodrigues, ele surgiu e desapareceu tão rapidamente quanto o glam rock no país. Seu único disco, lançado em 1975, continua inédito em cd. Já Serguei continua tocando, talvez tocando seja um exagero, até hoje e teve como ponto alto de sua carreira um apresentação no Rock´n Rio II. Recentemente Serguei se tornou pansexual, ampliando assim seu horizonte artístico.
Fonte:www.petcom.ufba.br/dicionario/glam.htm

Décadas de 60 e 70: A Arte Contemporânea e a expressão de um ideal

Resumo
Este projeto teve como objeto de pesquisa o surgimento e consolidação da Arte Contemporânea, termo que caracteriza os movimentos, estilos e técnicas utilizados na arte durante as décadas de 60 e 70.
O motivo para o desenvolvimento do projeto foi detectar se através da análise das transformações ocorridas na arte das décadas pesquisadas os alunos podem refletir sobre a influência das maneiras de pensar e agir na evolução da arte e como esta influencia a sociedade através de seu poder de comunicação.
O objetivo geral do trabalho é compreender como a Arte Contemporânea foi influenciada e como ela contribuiu nas mudanças na maneira de pensar e agir da sociedade da época de seu surgimento. Também foram traçados alguns objetivos específicos: identificar os movimentos e estilos que caracterizaram a Arte Contemporânea; identificar as características e analisar os movimentos como o Pop Art, Op Art, Land Art,Body Art, Fotorrealismo, Street Art, Minimalismo e Arte Conceitual; analisar a introdução de técnicas como performances e Happenings na criação artística; compreender a importância para os movimentos que integram a Arte Contemporânea em popularizar a arte e analisar a influência do desenvolvimento tecnológico na inserção de novos materiais na criação artística.
A justificativa da pesquisa se encontra na importância de incutir nos jovens de hoje, através da reflexão, um pouco do idealismo e garra dos jovens das décadas de 60 e 70, jovens que transformaram as formas de pensar e agir, quebrando tabus em busca de um mundo mais justo através da expressão artística.
A pesquisa teve como campo empírico a turma do Ensino Médio, 3° ano “A”, da Escola Estadual 12 de Abril, que foi escolhida por possuir noções básicas sobre história da arte e utilização de mídias educativas, fatores de fundamental importância para o desenvolvimento da pesquisa e a etapa de experimentação.
Quanto ao referencial teórico partiu-se da consideração de que quando se fala em arte contemporânea não é para designar tudo o que é produzido no momento, e sim aquilo que nos propõe um pensamento sobre a própria arte ou uma análise crítica da prática visual. Como dispositivo de pensamento, a arte interroga e atribui novos significados ao se apropriar de imagens, não só as que fazem parte da historia da arte, mas também as que habitam o cotidiano. O belo contemporâneo não busca mais o novo, nem o espanto, como as vanguardas da primeira metade deste século: propõe o estranhamento ou o questionamento da linguagem e sua leitura.
O embasamento teórico constituiu a primeira etapa do procedimento de pesquisa, onde os alunos leram textos sobre o conteúdo a ser trabalhado, e onde também estão esclarecendo dúvidas.
A segunda etapa foi a elaboração de atividades práticas após o estudo de cada movimento e estilo que caracterizam a arte contemporânea, objetivando a melhor compreensão do significado artístico e dos conhecimentos adquiridos durante o processo de embasamento teórico.
Após a elaboração das atividades práticas, partiu-se para a experimentação,onde foi proposto a criação de um vídeo onde os alunos utilizaram o Glam Rock como inspiração aliado as técnicas cinematográficas e as tecnologias disponíveis. Cada aluno ficou responsável pelo desenvolvimento de cada uma das fases da confecção do vídeo.
Nesta fase foi necessário que cada um se inteirasse das técnicas relativas a tarefa que deveriam desempenhar, como técnicas de filmagem, de criação de cenários, figurinos e maquiagens, de iluminação, expressão corporal e edição de vídeos.
Após a conclusão do vídeo, o mesmo foi apresentado no evento que finaliza o projeto interdisciplinar do qual este faz parte, tendo como público toda a comunidade escolar.
No processo de investigação foram utilizados artigos da internet sobre arte contemporânea, bem como, todos os movimentos e estilos que a integram e técnicas de cinema e edição de vídeos. Também foram analisadas as produções artísticas dos principais expoentes da arte contemporânea.
Desse modo pode-se entender que a arte acompanha o homem e sua história em manifestações que refletem o contexto social do momento em que ele está inserido. E, partindo da premissa de que arte é cultura, o estudo de sua produção artística é uma potencial referência aos acontecimentos sociais, políticos e econômicos de cada época.

Construtivismo



O Construtivismo foi um movimento que aconteceu na Rússia, entre os anos de 1913 e 1920, e teve como alguns artistas: Ilya Chashnik, Alexandra Exter, Naum Gabo, El Lissitzky, Antoine Pevsner, Lyubov Popova, Aleksandr Rodchenko, Olga Rozanova, Varvara Stepanova, Vladimir Tatlin, Aleksandr Vesnin.
O termo Construtivismo surgiu em 1921 em debates sobre o propósito da arte estimulada pelo "Manifesto Realístico" de Naum Gabo e Antoine Pevsner, em 1920. Apesar da rejeição das pinturas convencionais de cavalete e a idéia de arte pela arte a favor de desenhos utilitários destinados à produção em massa, a abstração construtivista encontra suas raízes na arte não utilitária de Kazimir Malevich e Pablo Picasso. Em 1912 Picasso criou a sua primeira construção ou assemblage - um pedaço de metal e arame no formato de um violão, onde as formas angulares das pinturas e colagens transformaram-se em três dimensões.
Quando Vladimir Tatlin volta a Moscou depois de visitar Picasso em Paris em 1913, começou a construir contra-relevos - assemblages abstratas de metal industrializado, arame, madeira, plástico e vidro. Para Tatlin os contra-relevos ficavam numa zona intermediária entre a pintura e a escultura porque fugiam da estabilidade dos pedestais ou das paredes, ficando muitas vezes suspensos por arames estendidos de diversas maneiras no encontro de duas paredes. Ele dava muito mais ênfase ao espaço, do que com a matéria, e isso o fazia revolucionário.
Muitas construções, como o Monumento da 3ª Internacional (1919), criado por Tatlin, são protótipos para arquitetura, cenários ou desenho industrial. Outros, influenciados pelas abstrações de Malevich, são objetos puramente abstratos e não funcionais; mas no entanto podem ter o mesmo propósito - como as esculturas cinéticas de Aleksandr Rodchenko que parecem antecipar modelos moleculares. Trabalhos como os de Rodchenko representam e celebram a racionalidade científica e a tecnologia da era da máquina.
Depois da Revolução Bolchevique de 1917, os artistas construtivistas ganharam poder político e isso causou um desacordo entre aqueles interessados numa arte pessoal e aqueles ocupados em fazer um design utilitário para as massas. Por essa razão alguns deles como Naum Gabo, Pevsner, o pintor Vassily Kandinsky e outros deixaram a União Soviética; alguns foram para a Alemanha, para a escola Bauhaus de arte e design, assegurando a expansão dos princípios do Construtivismo através da Europa e mais tarde nos Estados Unidos.
O Construtivismo marcou o fim de uma era brilhante. Em 1925, o Comitê Central do Partido Comunista saiu contra a abstração; em 1932 todos os grupos culturais foram dispersados, e em 1934 um novo estilo de propaganda do realismo social se tornou a única abordagem artística oficial da União Soviética.

Fonte:www.pucsp.br/pos/cos/cultura/construt.htm

Obras Futuristas















Futurismo


O futurismo é um movimento artístico e literário surgido oficialmente em 20 de fevereiro de 1909 com a publicação do Manifesto Futurista, do poeta italiano Filippo Marinetti, no jornal francês Le Figaro. A obra rejeitava o moralismo e o passado. Apresentava um novo tipo de beleza, baseado na velocidade e na elevação da violência.
O slogan do primeiro manifesto futurista de 1909 era “Liberdade para as palavras”, e considerava o design tipográfico da época, especialmente em jornais e propaganda. A diferença entre arte e design passa a ser abandonada e a propaganda é escolhida como forma de comunicação.
O novo é uma característica tão forte do movimento, que este chegou a defender a destruição de museus e de cidades antigas. Considerava a guerra como forma de higienizar o mundo.
O futurismo desenvolveu-se em todas as artes, influenciando vários artistas que posteriormente instituíram outros movimentos modernistas. Repercutiu principalmente na França e na Itália, onde vários artistas, entre eles Marinetti, se identificaram com o fascismo.
O futurismo enfraqueceu após a Primeira Guerra Mundial, mas seu espírito rumoroso e inquieto refletiu no dadaísmo, no concretismo, na tipografia moderna e no design gráfico pós-moderno.
A pintura futurista recebeu influência do cubismo e do abstracionismo, mas utilizava-se de cores vivas e contrastes e a sobreposição das imagens com a pretensão de dar a idéia de dinamismo.
Na literatura, as principais manifestações ocorreram na poesia italiana, que se dedicava às causas políticas. A linguagem é espontânea e as frases são fragmentadas para exprimir a idéia de velocidade.

Por Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola